sábado, 27 de dezembro de 2008

Papagaios

Quentinhas


Quarta, 26 de abril de 2006, 15h11



Papagaio argentino fica preso até "confessar" quem é o seu dono


O papagaio Pepo passou cinco dias "detido" por ordem judicial na cidade argentina de Rafaela, até "confessar" a identidade de seu dono, acabando com uma disputa pela sua posse, informou hoje um jornal local.


Após sucessivos "interrogatórios" numa delegacia de Polícia, Pepo acabou chamando o nome "Jorge". Jorge Machado e sua mulher tinham denunciado o roubo do papagaio, que consideram o seu "terceiro filho", disse o jornal "La Capital" com base no depoimento do dono do animal.


Pepo tinha desaparecido na quinta-feira. Ele ficava num poleiro na casa dos Machado, que iniciaram uma busca. Finalmente, os filhos do casal encontraram a ave na casa da família Vega, que mora a cerca de 100 metros.


Mas os Vega se negaram a devolver o animal de estimação. Eles alegavam que tinham encontrado Pepo muito antes de seu desaparecimento, quando voltavam de um passeio a Rafaela, a 530 quilômetros de Buenos Aires.


Começou assim uma disputa entre as famílias que deixou o papagaio "em evidente estado de choque", segundo Machado. O estresse foi tanto que ele sequer conseguiu identificar seu verdadeiro dono.


Como uma patrulha policial não conseguiu resolver o caso, Jorge Machado apresentou uma queixa por roubo. O juiz Osvaldo Carlos decidiu que o papagaio deveria ficar "alguns dias na delegacia" até "confessar" a identidade de seu dono.


Machado, que é torcedor do San Lorenzo, apresentou como prova o fato de que Pepo sabe cantar o hino do clube. A ave também conhece a canção popular argentina "Zapatos rotos". Mas o papagaio ficou mudo durante cinco dias, até que chamou o dono pelo nome, acabando com a discussão.


O jornal acrescentou que os policiais "gostaram tanto" do animal de estimação que já o consideravam como mascote da delegacia. Havia "um guarda especial destacado para verificar se ele dizia alguma palavra que identificasse sua origem".


"Pepo é muito inteligente e companheiro. Ele sabe o hino do San Lorenzo, mas não vai cantar agora porque o time vai muito mal", disse Machado.


EFE


http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI979495-EI1141,00.html







21/05/2008 - 08h47


Papagaio perdido volta para casa após explicar onde vivia


da Efe, em Tóquio


Um papagaio doméstico que tinha se perdido no Japão foi devolvido a sua casa pela polícia depois de conseguir comunicar o nome de seu dono e onde ele vivia, informou hoje a agência local Kyodo.

As autoridades da Província de Chiba (centro) capturaram no dia 6 de maio um papagaio cinza africano que foi levado posteriormente a uma clínica veterinária.

O papagaio repetia incessantemente o nome "Nakamura Yosuke-kun", que recebeu de seu dono, Yoshio Nakamura, e o endereço onde vivia, incluindo o número da residência, segundo as autoridades policiais que cuidaram do caso.

Os responsáveis da clínica veterinária informaram à polícia no último dia 19 que o papagaio tinha fornecido esses dados e, pouco depois, as autoridades localizaram Nakamura e lhe devolveram seu animal de estimação.

"Não estava preocupado porque [o papagaio] praticamente não voa. Além disso, ensinei a ele como dizer o nosso endereço", disse o dono às autoridades policiais.

























Papagaio cinza africano é uma das espécies de aves mais inteligentes do mundo; animal é bastante utilizado por pesquisadores.

FOTO: AP


http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u404008.shtml







Quentinhas


Quinta, 24 de novembro de 2005, 09h58


Papagaio "desmascara" marido traidor na Alemanha


Um alemão que costumava trair sua mulher foi "denunciado" pelo papagaio de estimação que começou a imitar sua voz chamando o nome da amante, segundo o site Ananova.


Frank Ficker, 50 anos, foi expulso de casa em Freiburg, Alemanha, por sua mulher, Petra, 50 anos, depois que ela ouviu seu papagaio Hugo imitando Frank no telefone com outra mulher.


"Hugo sempre gostou de imitar o Frank e ele o imitava perfeitamente. Hugo imitava Frank perguntando quem estava batendo na porta, Frank dizendo que me amava. Um dia o ouvi imitando Frank, mas dizendo: 'Uta, Uta!'", disse Petra.


Depois disso, Petra Ficker revirou sua casa encontrou duas passagens para Paris no nome de seu marido e da misteriosa Uta. "Eu o mandei embora. Agora somos só eu e meu papagaio", afirmou.


Redação Terra


http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI768621-EI1141,00.html








Quentinhas


Terça, 17 de janeiro de 2006, 11h13 Atualizada às 11h16




Papagaio delata namorada traidora na Grã-Bretanha


Um britânico descobriu que sua namorada tinha um amante graças às indiscrições de seu papagaio.


Chris Taylor, 30 anos, um programador de computadores de Leeds, ficou desconfiado de que Suzy Collins, 25, estava pulando a cerca depois de ouvir pela enésima vez o pássaro proferir o nome "Gary".


Taylor contou na segunda-feira que, a cada vez que o telefone celular de sua namorada tocava, Ziggy, o papagaio, dizia no ato: "Oi, Gary".


Ele disse que, a princípio, simplesmente achou engraçado, pois concluiu que Ziggy, um emérito imitador, havia aprendido a frase pela TV.


Suzy negou conhecer alguém que respondesse pelo nome, e Taylor não suspeitou de nada nem mesmo quando o pássaro começou a imitar o barulho de beijos ao escutar a palavra "Gary" no rádio ou na TV.


As imitações perderam a graça em uma noite em que os dois namorados começaram a se beijar no sofá da sala e o pássaro disparou: "Eu te amo, Gary".


Confissão


Segundo Taylor, Ziggy disse a frase em uma voz parecidíssima com a da namorada, que não agüentou e confessou que estava, já havia um mês, tendo um caso com um ex-colega chamado Gary.


Ela teria admitido até ter levado o amante para dentro da casa do namorado, para onde havia se mudado recentemente.


Suzy confirmou a história, mas disse que a relação entre os dois já não ia bem havia algum tempo. "Ele passava mais tempo falando com o papagaio do que comigo", queixou-se ela à mídia britânica.


Para completar, Taylor acabou ficando também sem Ziggy, um papagaio cinza africano a quem descreve como "um amigo leal, um em um milhão", mas ao qual acabou vendendo a uma loja de animais de estimação.


Isso porque o programador de computadores não conseguiu desprogramar o papagaio do hábito de falar, imitando sua ex-namorada, o nome do sujeito que foi o pivô do fim do romance. "Eu não lamentei ver Suzy pelas costas por causa do que ela fez, mas deixar Ziggy ir embora partiu meu coração", disse o namorado traído. "Eu o amo até a morte e realmente sinto falta de vê-lo em minha volta, mas era uma tortura ouvir ele repetindo aquele nome sem parar."






planeta bizarro


17/01/09 - 14h00 - Atualizado em 17/01/09 - 14h00


Papagaio imita voz da dona e dá ordens a cães e gato


Ele dá ordens como 'venha aqui' e faz até mesmo elogios.


'Barney é realmente um papagaio mandão', disse Margaret.




Do G1, em São Paulo



O papagaio Barney imita a voz de sua dona, Margaret Sullivan, e dá ordens para os três cães - Harry, Tilly e Bluey - e o gato Shadow, que também vivem com a idosa de 65 anos e seu marido em Tredworth, no Reino Unido, segundo o jornal "Daily Telegraph".


O pássaro, de 10 anos, dá ordens como "venha aqui" e faz até mesmo elogios aos seus cães preferidos. "Barney é realmente um papagaio mandão", disse Margaret, destacando que Barney, às vezes, é muito "atrevido".


Segundo Margaret, o papagaio sempre tentou imitar sua voz. "Barney certamente pensa que ele é o meu animal de estimação favorito. Ele não é, mas eu nunca vou lhe dizer isso", afirmou.


Margaret, que tem sete netos, comprou Barney em 1998 e, desde então, ele começou a imitá-la. Seu passatempo favorito é chamar a atenção do gato chamado Shadow, de acordo com mulher.


Segundo seu marido, Ken Kersey, de 62 anos, o papagaio imita perfeitamente a voz de sua mulher. "Os animais todos pensam que é a Margaret quando ele fala. Ele adora dar ordens", afirmou Kersey, segundo o "Daily Telegraph".



FOTO: Reprodução/Daily Telegraph


































Papagaio Barney imita a voz de sua dona, Margaret Sullivan, e dá ordens a outros animais de estimação.






http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL959319-6091,00-PAPAGAIO+IMITA+VOZ+DA+DONA+E+DA+ORDENS+A+CAES+E+GATO.html









planeta bizarro


22/01/09 - 08h00 - Atualizado em 22/01/09 - 08h00



Papagaio é expulso de jogo amador por imitar apito do juiz


Segundo árbitro Gary Bailey, pássaro estava arruinando a partida.


Em um lance, jogador partia com a bola, mas parou após ouvir falso apito.




Do G1, em São Paulo





O árbitro Gary Bailey deu "cartão vermelho" ao papagaio chamado Me-Tu, de nove anos, em um jogo amador, no Reino Unido, depois que o pássaro começou a imitar o barulho do apito, o que provocou confusão em campo, segundo o jornal inglês "Daily Mail".






FOTO: Reprodução/Daily Mail






















Árbitro Gary Bailey expulsou o papagaio Me-Tu em um jogo amador, no Reino Unido, depois que o pássaro começou a imitar o barulho do apito.






O papagaio foi levado na gaiola por sua proprietária Irene Kerrigan, de 66 anos, ao jogo envolvendo Hertford Heath e Hatfield Town, em um torneio de veteranos, porque o pássaro gosta de observar os jogadores correndo.


"Eu já mandei alguns jogadores para o 'chuveiro', mas eu nunca tinha expulsado um papagaio", disse Bailey.


Aos 10min do segundo tempo, segundo o árbitro, um jogador partia com a bola para o ataque, mas, de repente, ele ouviu um apito e parou. No entanto Bailey destacou que não havia soprado o apito em nenhum momento.


Após uma breve parada, ele deixou o jogo amador continuar, mas o papagaio seguiu imitando o barulho do apito, interrompendo o jogo outras vezes. Inicialmente, o juiz pensou que era a própria Irene Kerrigan quem estava fazendo o ruído.


"Não sou eu, é o meu papagaio", afirmou a mulher para o árbitro. Sem alternativas, Bailey teve que expulsar o pássaro de campo porque ele estava arruinando o jogo.







http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL965714-6091,00-PAPAGAIO+E+EXPULSO+DE+JOGO+AMADOR+POR+IMITAR+APITO+DO+JUIZ.html













planeta bizarro


28/01/09 - 20h00 - Atualizado em 28/01/09 - 20h00


Papagaio aprende a usar a privada na Suécia


Ele foi ensinado desde os quatro meses de idade a usar o banheiro.


'Colocamos Emil na privada e dissemos para ele fazer cocô', disse a dona.



Da Reuters



É comum os papagaios aprenderem a falar, mas um foi além e sabe usar o banheiro na Suécia. O pássaro chamado Emil, de 10 anos, foi ensinado desde os quatro meses de idade a usar a privada corretamente, de acordo com a proprietária Yasmin Mughal.

“Percebemos que cada vez que o tirávamos da gaiola, ele queria fazer cocô. Então, pensamos que o melhor lugar para ele seria o banheiro. Colocamos Emil na privada e dissemos para ele fazer cocô", disse Yasmin.



FOTO: Reuters






















Papagaio Emil usa a privada quando está 'apertado'.






http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL976326-6091,00-PAPAGAIO+APRENDE+A+USAR+A+PRIVADA+NA+SUECIA.html











Popular


Gordo, o papagaio skatista, é roubado e dono fica arrasado

26 de março de 2009 • 17h10 • atualizado às 17h31


Gordo, o papagaio skatista famoso há mais de uma década na comunidade de San Gabriel Valley, em Baldwin Park, Califórnia, foi roubado. Segundo informações divulgadas pela agência AP nesta quinta-feira, o pássaro foi levado de sua gaiola na manhã de ontem.

O dono de Gordo, Fred Mireles, disse que sua mãe ouviu alguma coisa e foi ver o que era. Ao chegar no local onde o pássaro costumava ficar, viu um homem correndo com Gordo na mão. Mireles, 47 anos, ficou arrasado. Para ele, Gordo era o filho que não possui.

O sargento de polícia de Baldwin Park, Darryl Kosaka, disse que será difícil recuperar o papagaio, já que geralmente animais roubados viram bichos de estimação em outra casa ou são vendidos. Mireles disse Gordo não gosta de estranhos e vai agredir o ladrão a bicadas.






























Foto do começo de março mostra o papagaio Gordo andando de skate em Baldwin Park



Redação Terra



http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI3661467-EI1141,00-Gordo+o+papagaio+skatista+e+roubado+e+dono+fica+arrasado.html





























HERÓIS









>BBC Brasil


http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI836948-EI1141,00.html








Quentinhas


Segunda, 22 de outubro de 2007, 15h45



Papagaio salva pai e filho ao imitar alarme


Um papagaio salvou duas pessoas em uma pequena cidade do Estado americano de Indiana ao imitar um alarme de incêndio enquanto o fogo se espalhava pela casa da família, informou hoje o site Metro.


Shannon Conwell, 33 anos, contou que ele e o filho de 9 anos dormiram no sofá enquanto assistiam a um filme. Os dois acordaram por voltas das 3h com o barulho de um alarme de incêndio, que era produzido pelo papagaio Peanut ("Amendoim", em português).


"Ele estava realmente gritando muito", disse Conwell. O verdadeiro alerta de incêndio também havia sido ativado, mas foi o "alarme" de Peanut que acordou os dois. "Eu peguei o meu filho e o meu papagio e saí correndo de casa", continuou Cornwell.


Além da ajuda do papagaio, Conwell afirmou que o fato de ele e o filho terem adormecido no sofá colaborou para que eles acordassem. O "alarme" não teria sido ouvido se eles estivessem nos quartos.


Questionado sobre o fato de não ter escutado o verdadeiro alarme de incêndio da casa, mas sim o do pagaio, Conwell explicou que, no seu quarto, há um aparelho de ar condicionado e uma máquina de respiração que produzem muito barulho, impossibilitando que outros sons sejam ouvidos.


O fogo que atingiu a casa da família destruiu a sala, a cozinha e os quartos, segundo informaram os bombeiros. O acidente está sendo investigado.


Redação Terra


http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI2011926-EI1141,00.html





22/07/2008 - 12h30

Papagaio salva família de incêndio no Reino Unido

da France Presse, em Londres

Francis Hall, 59, está pensando em recompensar seu papagaio-cinza africano após o animal ter salvado a vida de sua família. Apavorada com o fogo que começou dentro da casa localizada em Hampshire, a mascote gritou até acordar os moradores.

Bob, de três anos, deve até ganhar uma companhia depois do feito, ocorrido na manhã do último domingo (20). As chamas tomaram conta da cozinha e, ao chegar perto do local onde o papagaio ficava, ele começou a gritar, despertando Hall e seus dois filhos.

"Com certeza ele terá alguns mimos --brinquedos novos, um balanço, um sino e um espelho", afirmou o dono do animal ao jornal "Southern Daily Echo". "E parece a hora certa para lhe dar uma companhia", completou Hall.

A família sofreu intoxicação por fumaça, mas Bob não se feriu.

"Eu achava Bob muito chato, com esses gritos e barulhos. Mas agora não. Ele é uma lenda. Salvou nossas vidas", disse Sam, 8, filho de Hall.



http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u424934.shtml







Planeta Bizarro

17/10/2007 - 08h59 - Atualizado em 17/10/2007 - 10h42

Grito de papagaio faz homem pegar ladrão na garagem de casa

O animal gritou quando viu o invasor na casa.

Proprietário atirou e ladrão morreu no hospital.

Da AFP


Graças ao "oi" estridente repetido por seu papagaio de estimação, o norte-americano Dennis Baker evitou o quinto assalto à sua casa no mesmo mês. Depois de ouvir os chamados de "Salvador", Baker surpreendeu o ladrão em sua garagem, pegou sua arma e disparou contra o invasor. De acordo com a polícia, o homem morreu no hospital.

"Acho que podemos chamá-lo de delator", disse o norte-americano do Texas ao jornal "Dallas Morning News" sobre seu papagaio.

"Tenho ferramentas na minha garagem, na minha casa e em minha caminhonete", disse Baker, que trabalha como serralheiro. "Eles estavam vindo como se fossem donos do lugar. Odiei o que aconteceu, mas alguém teve que fazer o que era necessário."

O estado do Texas mudou recentemente sua legislação e agora permite às vítimas de roubos disparar contra invasores em suas casas, empresas ou carros, mesmo que não seja por legítima defesa.


http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL151515-6091,00-GRITO+DE+PAPAGAIO+FAZ+HOMEM+PEGAR+LADRAO+NA+GARAGEM+DE+CASA.html














Livros


O papagaio era um gênio


Um livro curioso e divertido conta as façanhas de Alex,a ave que chegou a ganhar um obituário na revista The Economist graças à sua inteligência



Diogo Schelp





FOTO: Rick Friedman/Corbis/Latinstock





















Um Einstein Com Asas







Irene Pepperberg olha embevecida para Alex. Ele sabia contar, nomear cores, formas e materiais. Mais esperto do que muito marido por aí...


A última do papagaio não é piada. É uma história que põe em xeque certezas estabelecidas sobre o que diferencia um homem de um animal. No dia 20 de setembro de 2007, o obituário da revista inglesa The Economist, uma das peças mais bem escritas do jornalismo, que homenageia personalidades internacionais, como músicos, estadistas e vencedores do Prêmio Nobel, noticiou a morte de um papagaio-cinzento de 31 anos chamado Alex. Era, de fato, um pássaro especial. Alex tinha habilidades cerebrais que antes se pensava exclusivas dos seres humanos – e, com alguma boa vontade, dos primatas em geral. E, com algum pessimismo, não de todos os homens.

O papagaio sabia contar até seis e fazia cálculos simples, como somar dois mais três. Ele identificava cores e objetos pelo nome e usava corretamente conceitos abstratos como "nada" ou "diferente". Nos últimos anos de vida, Alex demonstrou até ser capaz de perceber a equivalência entre o numeral "6", por exemplo, e meia dúzia de objetos iguais – sem ter recebido treinamento específico para isso. Os bastidores dos experimentos que revelaram a genialidade desse papagaio estão no livro Alex e Eu (tradução de Marcia Frazão; Record; 240 páginas; 38 reais), de Irene Pepperberg, professora de cognição animal das universidades Harvard e Brandeis, nos Estados Unidos. Você, leitora, trocaria seu marido por um papagaio? Pois a pesquisadora americana comprou Alex quando ele tinha 1 ano de idade e, nas três décadas seguintes, devotou-se quase integralmente a testar os limites de sua inteligência.


Sua dedicação era tamanha que abandonou empregos para realizar seu objetivo – e também o maridão.


Em vez de dona, Irene preferia considerar-se colega de trabalho do papagaio. No livro, que não tem pretensão científica, ela relata a sua convivência com esse adorável, ciumento e mandão a quem deu o nome de Alex. A autora também descreve como foi massacrada por outros cientistas pela ousadia em buscar traços de pensamento em uma ave, recorda a carreira instável e resume de maneira clara suas descobertas científicas. Mas é nos detalhes da convivência diária com Alex que o relato de Irene seduz e desarma até o leitor mais cético, envolvendo-o em situações divertidas e repletas de demonstrações da inteligência de seu querido papagaio. Alex, por exemplo, usava nos contextos certos expressões como "pão" e "gostoso". Na primeira vez que experimentou um bolo, chamou-o espontaneamente de "pão gostoso".


Manifestações como essa, como a própria Irene reconhece, apesar de surpreendentes, não podem ser facilmente confirmadas dentro das regras rígidas da ciência. Para isso, precisariam ser repetidas dezenas de vezes. No entanto, o fato de Alex ficar entediado com os testes dificultava ainda mais as coisas.


Era comum acontecer de, depois de horas respondendo a perguntas dos pesquisadores, ele se cansar e pedir "quero voltar", para retornar à sua gaiola. Certa vez, Irene tentava apresentar os resultados de seus estudos a potenciais patrocinadores, mas tinha pouco tempo e Alex estava impaciente. O teste consistia em a pesquisadora mostrar ao papagaio uma bandeja com combinações de letras agrupadas por cor. Irene dizia a cor de um dos grupos de letras e pedia a Alex para responder que som elas formavam: "shh", por exemplo. Ele acertava as questões, mas antes de passar para a próxima pedia "quero noz". Irene não queria dar-lhe de comer antes de terminar o teste e continuou com as perguntas, até que Alex repetiu: "Quero noz! Nnn... óó... zzz". Ou seja, praticamente soletrou a palavra para a dona, para comunicar com mais ênfase o desejo de comer nozes. Alex não foi condicionado para isso e, aparentemente, conseguiu separar de maneira espontânea os fonemas do vocábulo. Se houvesse uma boa amostra estatística desse comportamento, isso comprovaria que o papagaio tinha domínio sobre um elemento essencial da linguagem. Como não podia ser replicado, o episódio não tinha valor científico. Para Irene, no entanto, ficou a impressão de sua capacidade para tanto.


Saber o que se passa na cabeça de um papagaio é tão difícil quanto descobri-lo em uma criança pequena. Não dá para perguntar "o que você está pensando" a uma ave, mesmo uma que conhece 150 palavras, como era o caso de Alex, nem a um ser humano de 1ano de idade e esperar que eles discorram longamente sobre o tema. Para isso, precisariam ter controle completo de um sistema linguístico – a manipulação de símbolos, como palavras e gestos, para representar a realidade e se comunicar. A teoria mais difundida entre os cientistas, hoje, é que sem linguagem não há pensamento. Irene Pepperberg e outros estudiosos do comportamento animal tentam mostrar que uma coisa não depende, necessariamente, da outra. Eles têm a seu favor o fato de a ciência já ter revisto algumas vezes o conceito de pensamento.


O atributo que faz do homem um ser único já incluiu habilidades como a de criar ferramentas, antecipar situações, ensinar e se comunicar. Os estudos de comportamento animal iniciados na década de 70 revelaram que essas e outras capacidades cognitivas estão presentes também em chimpanzés e golfinhos. Antes desse período, predominava a escola comportamental, que considerava os animais não mais do que seres que apenas imitavam o ser humano em algumas de suas atitudes. "Experimentos como os que foram feitos com Alex tornaram obsoleta uma definição absoluta e única de ‘pensar’. O mais apropriado é falar em gradações de raciocínio", diz o neurocientista Renato Sabbatini, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Dito em outras palavras, o raciocínio humano é desenvolvido o suficiente para planejar pontes, aviões, sinfonias e usinas nucleares. Já o do chimpanzé lhe permite usar varetas para roubar mel de uma colmeia, mas não, até onde se sabe, olhar para as conquistas da civilização e matutar: "Puxa vida, eu aqui em cima desta árvore e os humanos dormindo em colchões de mola".


Em um tempo curto de vida, metade da longevidade média de um ser de sua espécie, Alex ajudou a questionar os argumentos normalmente usados para assegurar a superioridade humana sobre as espécies. Como é possível que uma ave, cujo último ancestral comum ao homem viveu há 280 milhões de anos, conseguisse fazer cálculos simples de adição? No mínimo, isso significa que a evolução criou formas de inteligência em processos paralelos. Um resultado disso são as diferenças entre o cérebro de um primata, grande e com um córtex cheio de dobras, e o de uma ave, pequeno e liso. Possivelmente, se tivesse vivido mais trinta anos, Alex poderia ter derrubado novas barreiras intelectuais entre bichos e homens. Será necessário estudar outros papagaios para descobrir se Alex era um ponto fora de curva. Se isso for verdade, da mesma forma que não se pode definir a humanidade com base no QI de Albert Einstein, não vai dar para classificar toda a papagaiada segundo os feitos de Alex.



"Alex pensava"


Irene Pepperberg, de 60 anos, passou metade da vida treinando e estudando o papagaio-cinzento Alex. Ao dar a seguinte entrevista a VEJA, por telefone, ela articulou cada palavra como se falasse com um papagaio. Ao fundo, era possível escutar os assovios dos pássaros de seu laboratório, situado nos arredores de Boston.


Qual é a relevância de saber se os animais pensam?


Nós dividimos o mundo com essas criaturas. Precisamos entender tudo sobre elas para que possamos respeitá-las, e não apenas tirar vantagem de sua existência. Há um longo caminho a percorrer nesse sentido. Alex provou que uma ave com o cérebro do tamanho de uma noz com casca pode fazer as mesmas tarefas que macacos, golfinhos e crianças pequenas. Esse foi um grande avanço.



Alex era um gênio de sua espécie?


Ele foi muito estimulado. Nenhum dos meus outros pássaros, tampouco qualquer outro papagaio em condições de pesquisa, teve o mesmo tratamento. Por quinze anos, Alex foi minha única ave. Ele interagia com humanos doze horas por dia. Nós conversávamos com Alex constantemente, fazíamos perguntas, comentávamos assuntos entre nós na sua presença e o envolvíamos na conversação. Nós nos detínhamos em cada palavra dita por Alex. Se ele pedia milho, nós dizíamos: "Está bem, você quer milho amarelo? A cor do milho é ‘amarelo’". Isso o ajudava a compreender mais um conceito de cor.



Alex pensava?


Sim. Ele conseguia processar informações de uma maneira muito complexa. Tinha uma capacidade de discernimento que lhe permitia juntar vários de seus conhecimentos para solucionar um problema.



O que significa "inteligência" e "pensar", no caso de Alex?


Quando Alex treinava a compreensão dos números, usava a inteligência. Eu mostrava a ele uma bandeja com números de cores diferentes misturados e perguntava: "De que cor é o seis?". Ele respondia corretamente. A capacidade de pensar foi revelada em outra situação impressionante. Eu mostrava grupos com dois, três e seis objetos na bandeja, cada um de uma cor, mas Alex só repetia "cinco", justo o número ausente. Eu então lhe perguntei: "Está bem, qual é a cor do cinco?". E, para minha surpresa, ele respondeu: "Nenhuma". Alex havia assimilado o conceito de ausência de um atributo, que tínhamos aplicado em outros treinamentos, e transferido para a ausência de um objeto. Isso é pensar. Não com a mesma complexidade que um ser humano, é claro. Não creio que Alex teria sido capaz de aprender quatro línguas, por exemplo, ou ter o tipo de conversa que você e eu estamos tendo.



O fato de reconhecer, no livro, o valor afetivo que o papagaio tinha em sua vida pode ser usado para criticá-la como cientista?


Isso já aconteceu. Um de meus colegas escreveu uma resenha muito negativa de Alex e Eu na revista Nature. Não era o lugar certo para fazer isso. Afinal de contas, trata-se de uma revista científica, e meu livro não é acadêmico, é de memórias. O argumento do autor foi que, ao falar das minhas emoções, eu invalidei as pesquisas com Alex. Ele está enganado, porque os meus artigos científicos foram revisados com muito cuidado, saíram em publicações respeitadas e ganhamos prêmios por eles. Nunca deixei cair a barreira da objetividade entre mim e Alex enquanto ele estava vivo.







http://74.125.47.132/search?q=cache:QztTvQ9QR9QJ:veja.abril.com.br/010709/p_150.shtml+Papagaio+Alex+Irene+Pepperberg&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br







ALEX,O PAPAGAIO FALANTE








IRENE M.PEPPERBERG TRABALHANDO COM ALEX










ALEX EXIBE SEUS CONHECIMENTOS














Papagaio-celebridade morre aos 31 anos nos EUA


11 de setembro de 2007 • 18h56 • atualizado às 19h36


O papagaio Alex, que ganhou fama pelos EUA por sua capacidade de comunicação, morreu na última semana, aos 31 anos, segundo informou sua proprietária nesta terça ao The New York Times. O papagaio morreu no último dia 7 de setembro, em sua gaiola, aparentemente de causas naturais.


A psicóloga americana Irene Pepperberg, proprietária de Alex, um papagaio africano cinza, informou que ele falava mais de 100 palavras em inglês e participava regularmente de programas de televisão, além de ter sido objeto de vários estudos científicos, artigos e reportagens.

Ele também podia identificar cerca de 50 objetos e sete cores. "A ave tinha a capacidade intelectual de uma criança de 5 anos", afirmou sua proprietária.
Segundo Pepperberg, Alex também aprendeu os conceitos de "maior", "menor", de "igualdade" e de "ausência". Nestes trabalhos, houve um avanço nas pesquisas sobre a capacidade dos animais de aprenderem a linguagem humana.

No dia 6 de setembro, que antecedeu sua morte, quando Alex foi colocado em sua gaiola, após mais um período de trabalho, sua proprietária contou que ele disse: "Seja boa, vejo você amanhã. Eu te amo".

Algumas espécies de papagaios, como a de Alex, e outras como Amazonas e Ara, podem viver até 60 anos ou mais.


http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1899527-EI8145,00-Papagaiocelebridade+morre+aos+anos+nos+EUA.html





E TEM O EINSTEIN TAMBÉM NO ANIMAL PLANET,MAS O DESTAQUE FOI MESMO O ALEX




















29/05/2009 - 11h37



Papagaio alpino rouba passaporte e parte em fuga na Nova Zelândia


da Folha Online



Um papagaio protagonizou uma cena inusitada em South Island, Nova Zelândia.

A ave roubou o passaporte de um escocês que viajava em um ônibus pelos fiordes de Milford Sound, dentro do Fiordland National Park, informa o jornal "Southland Times".

O "crime" aconteceu quando o ônibus teve de fazer uma parada na estrada e o motorista abriu o compartimento de bagagens.

O pássaro alpino, um papagaio-da-nova-zelândia, ficou de olho em uma bolsa colorida e, na primeira oportunidade, tirou dela o documento.

Depois do ato, saiu em disparada para um arbusto.

A polícia afirmou ao jornal que será muito difícil encontrar o passaporte na vasta vegetação do local.

"Meu passaporte está em algum lugar de Fiordland. O papagaio provavelmente vai usá-lo em algo fraudulento", brincou o dono do documento, que não quis se identificar à publicação.


Uma outra via do passaporte foi solicitada à representação britânica na Nova Zelândia.



FOTO:Divulgação
























Papagaio-da-nova-zelândia (Nestor notabilis) é o único papagaio que vive na neve e se tornou famoso por roubar visitantes



http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u573675.shtml















21/11/2008 - 15h12


Papagaio toma antidepressivo após morte de dono na Inglaterra


da Folha Online



Um papagaio-cinza da Inglaterra está sendo medicado com antidepressivo após a morte do dono. A ave parece não ter superado a perda, ocorrida nove meses atrás.

Segundo o jornal "The Sun", Glum Fred foi criado por George Dance em Somerset desde que era um filhote. Com o trauma, o papagaio passou a arrancar as penas do pescoço e a balançar a cabeça incessantemente.

De acordo com especialistas, o animal entrou em depressão, pois não conseguiu entender por que o dono simplesmente desapareceu.

"Fred era muito ligado a George", contou a viúva, Helen, ao jornal. Agora, a ave toma duas doses diárias de antidepressivo líquido e já apresentou melhora em seu comportamento.
























Papagaio diagnosticado com depressão passou a tomar duas doses diárias de antidepressivo líquido





http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u470257.shtml

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