terça-feira, 1 de junho de 2010

Pet Terapia

01/05/2010 11h04 - Atualizado em 01/05/2010 11h04


'Cães terapeutas' ajudam a tratar depressão e Alzheimer

'Pet terapia' conquista espaço em casas de reabilitação no Rio.

ONG Pêlo Próximo terá reforço de calopsita nas visitas de trabalho.



Carolina Lauriano

Do G1 RJ




Idosos com Alzheimer, portadores de necessidades especiais, além de crianças e adultos com depressão podem obter avanços no quadro clínico graças ao contato com cães. A afirmação é da ONG Pêlo Próximo - Solidariedade em 4 patas”, que utiliza a chamada "pet terapia" (terapia realizada com a presença de animais) para ajudar no combate a doenças e ainda estimular o respeito ao animal.

São 23 “cães terapeutas”, de diferentes raças, e 35 voluntários no projeto, entre veterinário, adestrador, fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, acupunturista e terapeuta ocupacional. De acordo com a psicóloga e coordenadora do grupo, Roberta Araújo, os animais realizam atividades para trabalhar o raciocínio, como a escovação, exercícios com arco, boliche e futebol, além da apresentação de shows dos cães.





FOTO: Divulgação



















O boxer Napoleão recebe carinho dos idosos.






“A vantagem do cão é que o amor dele é incondicional. Para ele não tem preconceito. Em visitas a idosos, você vê um idoso que não levanta a mão pra pegar um copo de água, mas ele abaixa o tronco pra fazer carinho no cachorro, ele penteia o cachorro, que é um exercício de extensão dos membros. Se é cadeirante, é um tipo de exercício, se é idoso, é outro”, explica Roberta.

Para as crianças, há ainda o “pet health”, quando os cães viram os pacientes e os pequenos, os médicos. “Eles escutam o coraçãozinho do cachorro, examinam os olhos, dão injeção com seringa sem agulha, enfaixam a patinha”, exemplifica.




Calopsita vai ajudar no trabalho




A partir de maio, o projeto ganha um novo integrante: a calopsita Billy. O objetivo é que a ave auxilie no estímulo da motricidade fina, como a ação de segurar um copo, por exemplo.





FOTO: Divulgação





















A calopsita Billy vai auxiliar na pet terapia.







“Na verdade, isso não é nem um trabalho, é um prazer inenarrável. Se os cães pudessem falar, eles diriam da alegria que é atender quem realmente necessita, quem está abandonado em lares e hospitais. Eles mudam completamente a rotina dessas pessoas. E essas pessoas adquirem uma esperança a mais”, disse a psicóloga, que alegou ainda que, em alguns casos, pacientes até diminuem a ingestão de remédios após a visita da ONG.

Quem já participou, faz festa. A dona de casa Elisabete Teixeira, de 47 anos, é voluntária do grupo e dona de um dos cães e da calopsita. Ela começou o trabalho por causa da filha Nathália, de 21 anos, que sofre de depressão e ansiedade. “Pra gente é altamente gratificante. Faz bem pra gente e a gente vê a felicidade do outro. Minha filha teve uma melhora muito grande. E os visitantes adoram. Na despedida sempre pedem pra gente não demorar a voltar”, contou.

Mas ainda há resistência de algumas clínicas de reabilitação em relação aos animais, segundo a coordenadora. “Há um preconceito. É difícil entrar em hospitais, eles não aceitam. Aqui no Rio é muita luta, em São Paulo eles têm passagem aberta”, revelou.




Idosos com Alzheimer exercitam a memória



A assistente social Rita de Cássia Ribeiro, dona de uma clínica para idosos no Grajaú, Zona Norte do Rio, já recebeu o grupo Pêlo Próximo e faz coro com a psicóloga. “A pet terapia é uma coisa muito nova. A vigilância sanitária tem muito medo dos animais. O animal tem que estar totalmente vacinado, entre uma série de outras exigências, e tem gente que não gosta de bichos”, disse.

Para Rita, no entanto, que tem especialização em Gerontologia, os animais são extremamente importantes na recuperação de várias doenças. Segundo ela, o contato com os cães estimula o retorno ao passado para idosos com Alzheimer. Ela conheceu esse tipo de trabalho em um congresso e desde então o adota em sua clínica.






FOTO: Divulgação




















A poodle Babi joga boliche com uma idosa.





“É um trabalho maravilhoso. Tem uma senhora aqui que ela nunca sorri, e ela sorrindo pra gente com a cachorrinha menor foi fascinante. E aí eles lembram que tiveram animais, lembram do nome”, explicou ela.

Segundo ela, mesmo sabendo que poucos idosos se recordam da experiência com o grupo, os instantes de felicidade que os animais proporcionam nas visitas são compensatórios e transformadores. “É uma coisa que não abro mão”, declarou.




http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/05/caes-terapeutas-ajudam-tratar-depressao-e-alzheimer.html







Brasil / Saúde

30/03/07 - 09h23 - Atualizado em 30/03/07 - 09h23


Cães visitam crianças em hospital no PR

Animais passam por avaliação antes de participar de projeto em unidade de saúde.

Médicos aprovam 'tratamento' com cachorros.


Do G1, com informações do Bom Dia Brasil




Em Curitiba (PR), uma vez por semana, cães visitam um hospital infantil e ajudam na recuperação das crianças. Elas ficam mais felizes e, segundo os psicólogos, o estado de espírito é fundamental para a melhora desses pacientes.


A visita dos cachorros ao hospital acontece uma vez por semana depois de uma rigorosa avaliação do comportamento dos cães, de uma consulta veterinária e de uma passagem deles pelo salão de beleza. "Eles recebem um banho com produtos especiais antes de vir para o projeto", informa uma veterinária.

Assim, até pacientes com o sistema imunológico abalado por tratamentos intensos, como quimioterapia, são liberados pelos médicos para aproveitar a visita. "A gente soube (da visita) agora de manhã. Ele estava dormindo e levantou, tomou um banho e pediu para vir", conta a mãe de um paciente, Ângela Baggio.




















Embora não haja comprovação científica de que este tipo de atividade melhore a saúde de quem está em tratamento, os psicólogos não têm dúvidas: o estado de espírito dos pacientes é fundamental para a recuperação. Olhando essas crianças com os cachorros, é possível perceber o bom humor e a satisfação. "Enquanto as crianças estão com os cães, elas esquecem que ficam dentro do hospital e tudo que isso significa para elas", comenta a psicóloga Patrícia Bertolini.

O entrosamento entre as crianças e os animais é tão grande que fica difícil dizer se são os pacientes do hospital que estão em terapia ou os cachorros, que recebem muito carinho. Depois de alimentar o buldogue francês, Juliano, de 6 anos, resume o quanto a experiência foi importante, pedindo desculpas ao cachorro. "Sinto muito, vou ter que ir pingar colírio no meu olho", diz ele, voltando para o quarto.






http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL16046-5598,00-CAES+VISITAM+CRIANCAS+EM+HOSPITAL+NO+PR.html






São Paulo / Bichos


04/10/08 - 09h39 - Atualizado em 04/10/08 - 09h39


Cachorro 'doutor' visita enfermaria infantil de hospital em São Paulo

Joe Spencer é um golden retriever de quatro anos de idade.

Seu objetivo é levar alegria e relaxar crianças doentes.


Marília Juste

Do G1, em São Paulo




O doutor Joe Spencer Wood Gold chega de crachá para atender as crianças na enfermaria infantil do Hospital São Paulo e deita na mesa para receber seus pacientes. Não, você não leu errado. Ele realmente deita na mesa. Mas não estranhe, o doutor Joe Spencer é um cachorro. E um cachorro muito ocupado. Todos os dias ele visita hospitais e tenta levar um pouco de alegria para crianças doentes.





















O trabalho começou em 2006. Mas a idéia surgiu muito antes disso, quando as irmãs Luci e Ângela Lafusa assistiram na TV uma história sobre um projeto americano na área. Um dia, caminhando pela cidade de Praia Grande, no litoral paulista, passaram na frente de um asilo com Joe. Os velhinhos, sentados na varanda, prestaram atenção no cão. Não à toa. Joe é um golden retriever, um cachorro de grande porte com belos e brilhantes pêlos loiros.

“A gente viu na hora que os olhinhos deles brilhavam”, contou Ângela ao G1. “Batemos na porta e perguntamos se eles aceitavam visita. Disseram que sim. Perguntamos ‘mas e visita de cachorro?’”, ri a dona, que trabalha como secretária no Hospital São Paulo.

O próximo passo foi lógico: levar Joe ao hospital. Mas não foi tão simples. Para colocar um cachorro dentro de um centro de saúde é preciso atender a uma série enorme de exigências. Primeiro passo: o adestramento. “Ele foi treinado para obedecer todos os nossos comandos”, conta Luci. O segundo: garantir que ele esteja bem limpinho, para que os pacientes não corram nenhum risco de infecção. Joe é escovado diariamente com produtos especiais para “esterilizar” seus pêlos. Ele também toma banho uma vez por semana e tem seus dentes escovados todos os dias. E visita o veterinário mensalmente.

Só depois de cumprir todas as exigências e ter todos os certificados, Joe pôde entrar na enfermaria. E aí começou o projeto. “As crianças adoram”, conta Isabel Carmagnani, diretora de enfermagem do Hospital São Paulo. “Todos os dias de manhã, elas já começam a perguntar ‘hoje é o dia do Joe? É hoje que ele vem?’”, diz ela.

A agenda lotada parece a de um médico de verdade. A visita à enfermaria infantil do HSP ocorre nas quarta-feiras. Nos outros dias da semana, ele visita outros hospitais. O trabalho é tanto que ele precisou de ajuda. E aí o projeto “Joe Amicão” virou “Joe Amicão e Cãopanheiros”, com outros sete cachorros de voluntárias.

“É uma correria, todo dia tem alguém querendo que ele vá em algum lugar, visite algum hospital”, conta Luci, que, como a irmã, trabalha de forma totalmente voluntária e, por isso, tem um tempo limitado para se dedicar ao projeto – afinal, elas precisam manter seus empregos. A esperança é que um dia elas consigam um apoio financeiro para manter suas atividades 100% do tempo. Patrocínio comercial, no entanto, não é bem vindo. “Não queremos ter um cão garoto-propaganda. Queremos um cão voluntário”, diz Luci.







http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL781384-5605,00-CACHORRO+DOUTOR+VISITA+ENFERMARIA+INFANTIL+DE+HOSPITAL+EM+SAO+PAULO.html






G 1

Ciência e Saúde


30/06/2010 07h38 - Atualizado em 30/06/2010 11h33




Labrador avisa menina diabética quando taxa de açúcar se altera

Cadela Shirley já evitou que a britânica Rebecca Farrar, de 6 anos, entrasse em colapso por queda do nível de açúcar no sangue.


Texto e Fotos: BBC




Um cão labrador treinado para detectar a queda do nível de açúcar no sangue de seres humanos vem ajudando uma menina britânica de seis anos a evitar entrar em coma por causa de diabetes.

A cadela Shirley é um dos dez cães treinados pela entidade beneficente Cancer & Bio-detection para alertar diabéticos quando sua condição se deteriora e mora há quatro meses com a pequena Rebecca Farrar, que tem diabetes tipo 1.


"Ela salva a minha vida", diz Rebecca, que é a primeira criança a receber um cachorro para detectar sua doença. "Ela é minha melhor amiga."






















A cadela Shirley e a menina Rebecca




Shirley é capaz de sentir uma mudança de odor exalado pelo corpo de Rebecca quando sua taxa de açúcar cai ou sobe a níveis alarmantes.

O cheiro não é detectado por seres humanos e é um sinal emitido pelo corpo antes de outros mais aparentes, como palidez.

Ela então começa a lamber os braços e as pernas da menina para alertá-la. Dessa forma, a menina ou sua mãe têm condições de tomar providências para evitar um colapso.



















Rebecca e a cadela Shirley




"Shirley percebe (a queda no nível de açúcar) bem rapidamente e começa a lamber as mãos e pernas de Rebecca até ela tomar uma Coca-cola ou ingerir açúcar, que elevam seus níveis de açúcar novamente. Quando a taxa está muito alta, Shirley também sente e dá o alerta", explica a mãe de Rebecca, Claire.

A mãe lembra de um episódio em que ninguém percebeu que a taxa de açúcar de Rebecca estava caindo até Shirley dar o precioso alerta.

"Nós não tínhamos ideia de que ela estava com a taxa de açúcar baixa. Ela estava dançando em um clube com seu irmão gêmeo, Joseph, e quando os dois voltaram à mesa para tomar algo, Shirley começou a lamber as mãos de Rebecca. O kit de primeiros-socorros estava embaixo da mesa e Shirley foi até lá e pegou um exame de nível de açúcar", conta Claire.

"Ela deu o exame a Rebecca e começamos a desconfiar que tinha algo de errado. Fizemos o teste, e o nível estava bem baixo. Se eu não tivesse Shirley, Rebecca teria entrado em colapso. E quando isso ocorre, ela entra em um sono tão profundo que se tentamos colocar açúcar em sua boca, ela engasga."

A presença de Shirley na casa também tornou a vida de toda família mais fácil.

"Ela tinha um colapso a cada dois dias. Às vezes eu a socorria apenas pouco antes de ela entrar em um colapso muito sério, outras vezes eu tinha de chamar a ambulância", conta Claire.

"Mas agora temos Shirley e ela detecta a queda no nível de açúcar antes de Rebecca perceber o problema."

Claire conta que também consegue ter noites de sono mais tranquilas, sem medo de a filha ter algum problema durante a noite, como ocorria antes de Shirley dormir ao lado da cama de Rebecca.

A entidade beneficente que deu Shirley à família treina cachorros para detectar todo tipo de doença, incluindo câncer.

"O que nós descobrimos nos últimos cinco anos é que cães são capazes de detectar doenças humanas pelo odor. Quando a nossa saúde altera, temos uma pequena alteração no odor do corpo. Para nós é uma mudança mínima, mas para o cachorro é fácil de notar", diz ClaireGuest, da organização Cancer & Bio-detection.



http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/06/labrador-avisa-menina-diabetica-quando-taxa-de-acucar-se-altera.html




O Globo


Voluntários


Cães usam até crachá em visita a pacientes de hospital


Publicada em 05/10/2008 às 08h38m


Herculano Barreto Filho, Diário de S. Paulo





SÃO PAULO - Basta ele colocar as patas no Hospital Paulistano, na região central da capital , para que todos larguem o que estavam fazendo. Eram 15h de quinta-feira quando o cão desfilou pelo corredor, com a língua de fora e o crachá com sua foto orgulhosamente pendurado no peito. Não demorou para que se formasse uma aglomeração. Uma enfermeira saiu de trás do balcão, puxou o celular do bolso e se aproximou, disputando espaço com os curiosos. Mesmo com um certo ar de constrangimento, ela não resistiu ao desejo: "Posso tirar uma foto dele?"


A presença do cão Nick, de 2 anos e 10 meses, da raça golden retriever, transformou o ambiente. Ele faz parte da ONG Amicão e Cãopanheiro, que visita instituições de saúde para ajudar no tratamento dos pacientes. Era a "estréia" de Nick depois do adestramento para ser "voluntário" da ONG. Com a carteira de vacinação em dia, ele ainda passou por um processo de higienização antes da visita.




























Com pressão alta, a funcionária pública Agueda Machado completou 39 anos. O gosto azedo de passar um aniversário num hospital foi amenizado pela chegada do cão, que entrou no seu quarto junto com um coro de "Parabéns a Você".


O mecânico Ingo Shoen, de 51 anos, também abriu um largo sorriso ao ver Nick entrando pela porta. Por alguns minutos, ele esqueceu da infecção decorrente de uma cirurgia na coluna, há dois meses.


- O cão traz alegria. É como se o paciente se sentisse com um pé fora do hospital - diz o médico Fernando Seixas.


A aposentada Iracy Gomide Ortiz Monteiro, de 91 anos, está internada há quase dois anos. Ela respira com aparelhos e tem diabetes e hipertensão. Parte de sua história foi fixada na parede do quarto: numa das fotos, Iracy está no sofá de casa com um cão no colo. O gosto por cães fez com que sua filha, a advogada Vera Ortiz, pedisse a inclusão do quarto da mãe nas visitas de Nick.


- A mamãe se comunica com os olhos. Mostra interesse quando vê algo diferente - diz.


Bruna Dias, de 19 anos, também tem dificuldades para se comunicar. Ela é portadora da Síndrome de Rett, anomalia genética que a impede de falar e caminhar. Bastou que o cão entrasse no seu quarto para que o seu astral mudasse. Sentada na cama, ela aproximou o corpo de Nick e deixou que ele a lambesse.




ONG conta com 11 'voluntários'



A ONG Amicão e Cãopanheiro conta com uma equipe composta por 11 cães. Entre eles, um pastor alemão aposentado da Polícia Militar. A organização faz visitas regulares a locais como o Hospital São Paulo, o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), o Hospital Santa Bárbara e o Hospital Paulistano.


Mas o começo foi quase ocasional. Em 2004, as irmãs Angela Borges, de 49 anos, e Luci Lafusa, de 53, assistiram a um documentário na TV que mostrava o trabalho feito por "cães voluntários" em hospitais. Ali despertava a idéia para a criação da ONG. O cachorro Joe Spencer, que pertence às irmãs, foi o primeiro animal da organização. Assim como Nick, ele é da raça golden retriever.


Desde então, as irmãs passaram a colecionar histórias de afeto entre cães e pacientes. Algumas delas serão relatadas num livro, que está sendo escrito por Luci. Há casos como o de uma menina que tinha feito uma cirurgia nos olhos e só decidiu abri-los depois que a enfermeira anunciou a chegada do cão. Ou o de uma paciente operada que se levantou da cama após uma visita do animal.


Uma das histórias que mais emocionam as idealizadoras da ONG é a de uma visita no setor de pediatria, em que o cachorro se aproximou de uma menina que costumava esconder o rosto, envergonhada por causa de uma deformação.


- Ela estava toda encolhida, e aí abriu um sorriso. O nosso trabalho é quebrar essa rotina de doença e levar amor para as pessoas - afirma Angela.




Pioneiro



Sérgio Mendes, de 71 anos, foi um dos precursores no tratamento de doentes com auxílio de cães no país. Em 2001, ele levou um cachorro pela primeira vez ao Hospital Universitário da USP. Economista aposentado há 13 anos, aprendeu a adestrar cachorros como uma forma de preencher os dias. Para isso, fez estágio de três meses num acampamento de lobos nos EUA para entender as raízes do comportamento canino. Ao voltar ao Brasil, Mendes estava decidido a ajudar os doentes.


- Tive a idéia tomando café com um especialista no assunto, durante o meu estágio nos EUA. Esse tipo de tratamento faz uma diferença na vida das pessoas - explica.


Parte das recordações dos sete anos de terapia com cães encontra-se dentro de uma carteira, onde Mendes guarda os crachás usados pelos cachorros nos hospitais. Outra parte das lembranças está registrada no livro "Cachorro também é remédio", que ainda não foi lançado por falta de recursos.


No apartamento, onde mora sozinho, nos Jardins, Mendes treina atualmente a cadela Paçoca, de 10 meses, e sem pedigree. Vira-lata, ela foi adotada pelo aposentado no Centro de Controle de Zoonoses de Ubatuba, entre mais de 400 cães, com um destino traçado: alegrar a vida de pacientes internados.






http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/10/05/caes_usam_ate_cracha_em_visita_pacientes_de_hospital-548557735.asp






G 1

Ciência e Saúde


27/05/2010 14h26 - Atualizado em 27/05/2010 14h26


Centro médico dos Estados Unidos ‘contrata’ cachorro terapeuta

Clínica Mayo até lançou livro infantil inspirado na atuação do animal.

Jack, cão de estimação de uma funcionária, visita 8 a 10 pacientes por dia.

Do G1, em São Paulo


FOTOS: Clínica Mayo / Divulgação




Jack não é formado em medicina nem pode ser qualificado como enfermeiro. Mas dá expediente todos os dias em um dos centros médicos mais importantes dos Estados Unidos, ainda que tenha apenas 9 anos de idade. Além da tenra idade e da falta de formação profissional específica, ocorre que Jack é um cachorro. O pinscher integra a equipe de tratamento da Clínica Mayo, ajudando os pacientes em atividades físicas, reabilitação e terapia da fala. Bicho de estimação de Márcia Fritzmeier, funcionária da clínica, Jack visita de 8 a 10 pacientes diariamente.






















Jack, terapeuta que atende na Clínica Mayo, nos EUA





“Por que utilizamos um animal na terapia de pacientes da Clínica Mayo? Porque funciona!”, diz Brent Bauer, do departamento de medicina complementar e integrativa da Mayo. “Quase todos os pacientes se sentem melhor depois de uma visita de um cachorro como Jack. Mais que isso, estudos científicos têm comprovado que esse tipo de terapia pode reduzir a dor em crianças, ajudar a alcançar melhores resultados no tratamento de adultos hospitalizados com insuficiência cardíaca e reduzir o uso de medicamentos em pacientes idosos.”






















Livro inspirado no trabalho de Jack tem prefácio redigido por Laura Bush, ex-primeira dama dos EUA





Com base nessas constatações, Edward Creagan, do departamento de oncologia da instituição, elaborou a pesquisa “Dimensão da Cura por Animais de Estimação”. O trabalho, um ensaio acadêmico, virou a base para uma espécie de homenagem a Jack: o “primeiro animal em serviço na Mayo”, como é qualificado pela instituição, inspirou um livro infantil, “Dr. Jack”. Barbara Bush, ex-primeira dama dos EUA e uma das curadoras da clínica, escreveu o prefácio.





http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/05/centro-medico-dos-estados-unidos-contrata-cachorro-terapeuta.html

Nenhum comentário: